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Sensíveis Cordas!

Meu Diário
01/05/2008 23h56
MELODIA COM SCHOPENHAUER


                         MELODIA

                     

             
"O que vemos na poesia encontramos na
                   música, desde que reconhecemos que nela a
                   melodia narra em geral a história íntima da
                  vontade consciente em si, as veredas ocultas,
                  as aspirações, as tristezas e as alegrias, o 
                  fluxo e e refluxo do coração humano.
                 A melodia caminha sempre, apartando-se
                 do tom profundamente, seguindo mil remotos
                e caprichosos sentidos, passando pelas
                dissonâncias mais dolorosas, até que 
               novamente reencontra o tom fundamental,
               que exprime a satisfação e a calma da Vontade,
               mas com que, seguidamente, já se não sabe
               o que fazer: manter, então mais longamente
             a nota fundamental produziria pesada e ociosa
             monotonia, a qual corresponderia ao tédio"

            Arthur Schopenhauer (1788/1860)
                 in "O Mundo como Vontade
                         e Representação"



   
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Publicado por Lilian Reinhardt em 01/05/2008 às 23h56
 
01/05/2008 23h00
COM LAO TSE



                 COM LAO TSE

            Capítulo IV


            " O caminho é o Vazio
         E seu uso jamais o esgota
         É imensuravelmente
         profundo e amplo, como a
         raiz dos dez mil seres
        Cegando  o corte
        Desatando o nó
        Harmonizando-se à Luz
        Igualando-se à poeira
        Límpido como a existência
        eterna
        Não sei de quem sou filho
        Venho de antes do Rei 
        Celeste"

                           (Tao The Ching)
               LAO TSE (aC - 531 aC
)
            


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Publicado por Lilian Reinhardt em 01/05/2008 às 23h00
 
01/05/2008 17h57
UMA CANTATA E FUGA



                  UMA CANTATA E FUGA


                       (líricas de um evangelho insano)


  De onde vens canção minha, de onde vens!
 Para onde vais, para onde vais, que me habitas
 nesta única gota d'água da minha pena?!...
      
                       lilian reinhardt

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Publicado por Lilian Reinhardt em 01/05/2008 às 17h57
 
01/05/2008 17h20
DA PALAVRA COM BACHELARD...


    DA PALAVRA COM BACHELARD...

                                     
                                         

                                   ((MEMORIAIS DE SOFIA  (zocha))

                     " Se mantivermos
 o sonho na memória, se ultrapassarmos a  colecção    de lembranças precisas, a casa perdida na noite dos tempos sai da sombra, parcela a parcela".




"As palavras (...) são casinhas com porão e sótão. O sentido comum reside no 
 rés-do chão, sempre pronto para o "comércio exterior" no mesmo nível de outrem,
 desse transeunte que nunca é um sonhador. Subir a escada na casa da palavra 
 é, de degrau em degrau abstrair. Descer ao porão é sonhar, é perder-se nos 
 distantes corredores de uma etimologia incerta e procurar nas palavras tesouros
 impensáveis.
  Subir e descer nas próprias palavras é a vida do poeta.
 Subir muito alto, descer muito fundo permite-se ao poeta
 que une o terrestre ao áreo.
 Será que somente o filósofo está condenado pelos
seus pares a viver sempre no rés-do-chão?"


(Gaston Bachelard (1884-1962)

Publicado por Lilian Reinhardt em 01/05/2008 às 17h20



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