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Sensíveis Cordas!

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                          VEZ ERA?!

                 "executo meus versos nas flauta das minhas vértebras..."
                              (Maiakóviski)
             (        Memoriais de Sofia (zocha)))


       Vez era só puxar a rolha do buraco negro e sagrado daquele chão e se via o big bang da terra da intromissão,
dos sonhos da promissão. As casinhas se enfileiravam à beira da  linha do trem da Vila Lindóia, na gelada Curitiba. Refugos sociais, verbos decaídos, quem eram eles afinal? Quem são? Onde ficaram? Onde sempre ficam na conjugação de todos os tempos? O abate  social parece ser justificativa da   razão para o controle de qualidade e em ingestão de verbos humanos desqualificados em nome  da seleção! O comboio sempre pára na rota dos campos de força da concentração da fragilidade. O chapéu se tirava pro seu Militão que filho de veado discriminado virou sacristão do padre Silvio e desafiou a instituição, sem ser notícia em jornais. Um dia não deu ,também,  mais no couro e foi engolido pelo vizinho louro e   decapitado no seu inferno eterno. A vida carrega  e descarrega o comboio da morte em qualquer estação. E a cova pode estar oculta atrás da palavra, desconfio dela e de seus arremedos. O sacro de que vos falo não TV mêdo de cair no próprio alçapão da busca angustiosa pela liberdade de sua vocação. Em essência dói a existência, só em mim  arlequim?! Canto e resvalo na vala...mas, na beirada daquelas linhas a Vila se escrevia e se borrava e Januária, a sargenta, descarrilava nos trilhos, parecia  viver melhor que os outros, com seu chicote  empinado de domadora, na cura de suas treliças, com seus pensamentos im(próprios) e sarados, pensionista, tinha exmarido pagador de seu trem, com casamento bem dissolvido espalhava confetes  com seu cafetão emplumado e cuidado quem visse,   enquanto, Edilia e Maria corriam noite e dia, Maria de bicicleta Monark era empregada na fábrica da Linhagem, Edília, manca de uma perna desafiava a linha da instituição da família, do abandono, era sem dono, liberta! Mas, nada mudou os homens continuam nascendo e morrendo e cada vez mais e fazendo tudo igual, mesmo sem vacina contra a morte. Quem ainda não nasceu  se guarda e quem chegou agora é espasmar, é energia em movimento, em métricas de pausas?!Fuja de voce, se puder...O que voce vê o outro não vê, nem o teu Mesmo, nem vai nunca ver, nada TV, tá vendo? A carroça tá hoje, no museu com o carroção e viraram relíquias de colonização dos imigrantes no Paraná. O Landau é peça de colecionador de qualquer clube. O verbo humano é jazigo lacrado, corda  perigosa sobre o abismo já dizia Zaratustra. O fiel da balança é morto. A vida parece  ser mistério de bicicletas voadoras?! As bilhas quebradas alimentam e escrevem as enciclopédias do quotidiano? E, a prosa do mundo escolhe a das coisas ou é o contrário?! Ah....O pastor Inocêncio acaba de passar aqui,agora, na frente do escritório com sua caminhonete anunciando belíssima pregação de bem aventuranças para amanhã, às três horas, no teatro Municipal do Jardim Paulista, aqui na Aldeia global. Da beira da linha da Vila Lindóia avista-se  a bela metrópole fria  de Curitiba, além...



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Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 21/05/2008
Alterado em 28/05/2008


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