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Sensíveis Cordas!

Textos

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A poesia  dói  machuca

é sempre uma ferida aberta

girassóis de fogo  queimam

arde -me o inferno da limitação

na deambulante caminhada 

sinto- me um seixo perdido

exangue rolando ao vento

minhas entranhas se revolvem

a dor não é girassol

o folego afunda na carne 

efemera deste tempo que  consome

 o véu envolve as cinzas das minhas feras

dilato a alma dos meus  erraticos sentidos sonhadores inventores suspirantes e vorazes na escuridão

então me afogo no  fosso azul

fragil ignota temperando sonhos de amor como os de Alice 

prisioneira de insanidades

enquanto a voz sangra neste  deserto sem acasos 

de escritas que não sei decifrar

embriagada dos meus louvores

tomo mais um gole de vento

Sim sim cadáver não faz poesia 

corre atrás de montanhas azuis de cada dia  pra fugir

desta saga insaciavel

que é viver

Lilian Reinhardt
Enviado por Lilian Reinhardt em 06/04/2025
Alterado em 07/04/2025


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